A agência gaúcha Escala entrou com recurso contra a carioca Nacional, primeira colocada na fase técnica da concorrência pelo Ministério da Cultura. Entre as alegações da Escala, que ficou em segundo lugar na pontuação, está a de que a Nacional não teria, em trechos da sua proposta, usado o tamanho de fonte determinado pelo edital.
A demora na solução da concorrência para sua nova agência acabou levando o MinC a ter que renovar, no final de abril, seu contrato com a agência Arcos, por um ano. A curiosidade é que a agência, agora, se apresenta como “Arcos Propaganda Eireli”, ou seja, como pessoa jurídica individual. A mudança na razão social se deveu à crise enfrentada pela Arcos com a prisão de seus diretores André Gustavo Vieira e Antônio Carlos Vieira da Silva Jr., em julho de 2017, pela Operação Lava Jato, e que obrigou o grupo a fechar seus escritórios em Brasília e no Rio de Janeiro. Recentemente, Vieira Jr. foi totalmente inocentado das acusações e, como adquiriu as ações de todos os demais sócios, simplificou sua personalidade jurídica.
No entanto, fonte do Ministério da Cultura explicou à Janela que, na verdade, o contrato com a Arcos não precisa ser cumprido até seu vencimento em 28/04/2019. Ele contém uma cláusula que estabelece que, tão logo o MinC tenha escolhido sua nova agência de publicidade, poderá antecipar a rescisão.
De acordo com a Comissão de Licitação do MinC, a resposta ao recurso da Escala e a divulgação do resultado da escolha da nova agência deverão acontecer até o próximo dia 23/05.